Ela é linda, elegante e muito espontânea… Estamos falando da apresentadora e modelo Luso-Angolana, Carmen Mouro, que apresenta o Programa “Tu Consegues”, exibido pela SIC Caras e SIC Internacional.
Todas as sextas-feiras, sendo às 17 horas do Brasil e às 21 horas de Portugal e Angola, Carmen vem fazendo muito sucesso ao conduzir a LIVE ‘Fique em Casa com Carmen Mouro’, onde sempre conta com a participação de várias celebridades da mídia brasileira.
O destaque das LIVES e a amizade com os famosos do Brasil, levou a equipe de nosso site a bater um papo exclusivo com a apresentadora Carmen Mouro, para conhecermos mais algumas curiosidades sobre a vida da estrela.
Como você se define atualmente? Empresária, Apresentadora ou influencer ?
R: Defino-me como um espirito inquieto. Sou empresária, sou uma mulher da moda e agora sou também apresentadora. Influencer? Não tenho bem a certeza. Acho que um influencer é uma pessoa que, de alguma forma, consegue modelar gostos e comportamentos dos outros. Como figura que tem exposição no espaço mediático, é possível que aquilo que digo e aquilo que faço, possa influenciar alguns comportamentos. Mas, ainda assim, talvez não me possa definir como influencer, porque quem se dedica a essa actividade tem o objectivo delineado de vender um estilo de vida, ou determinadas marcas e produtos. Ora, esse não é o meu objectivo, pelo menos para já. A única marca que promovo é a minha marca pessoal.
Apesar de ter agora mais exposição mediática, de ter um programa de televisão, de ter rubricas digitais e apesar de estar a adorar a descoberta deste novo mundo, não posso esquecer-me de onde venho. Não posso esquecer-me que o mundo dos negócios, da moda, da saúde e bem-estar, estão-me no sangue. E continuarão a estar.
Como foi o inicio da sua carreira ?
R: O inicio da minha carreira, foi a trabalhar no duro. Servi mesas, trabalhei numa copa e fui secretária, entre muitos outros empregos. Mas nunca descurei a minha formação e isso fez toda a diferença. Sou licenciada em Direito, falo cinco línguas e já vivi em vários continentes. Acho que isso define o rumo que a minha vida tomou..
Tornei-me empresária por causa de um patrão que tive em Luanda, o senhor Araújo. Ele ensinou-me muito acerca de método, organização e etiqueta nos negócios. Despertou o espírito inquieto que há em mim. Ajudou-me a perceber que eu poderia fazer mais do que trabalhar para os outros. Lancei-me então por conta própria, em várias áreas de negócio, umas relacionadas com a simplificação administrativa, outras no âmbito da moda, saúde, bem-estar, mas também agenciamento e eventos.
Como apresentadora, a minha carreira começou no dia em que me propus fazer um programa de televisão. Por não ter currículo nesta área, era difícil convencer alguém a apostar em mim. Mas eu acreditava que era capaz e, por isso, acabei por subir ainda mais a fasquia tornando-me então, não apenas apresentadora, mas também produtora de TV.
Você apresenta em Portugal o Programa “Tu Consegues” pela Sic Caras Internacional. O que te motivou a assumir o comando do programa?
R: O bichinho de fazer televisão cresceu em mim, conforme cresceu a minha carreira na moda. Quando desfilava em passarelas internacionais ou posava para sessões fotográficas, pensava muitas vezes que a caixinha mágica seria o próximo passo. E acabou por ser.
A televisão é, de certa forma, um prolongamento ou uma evolução da minha carreira de manequim, tanto que produzi e apresentei um programa de moda. Correu tão bem, que já estamos a preparar a segunda temporada. É um orgulho!
Obviamente que a afirmação da minha marca pessoal, num meio tão poderoso como a televisão, não é algo isolado, mas sim uma excelente forma de promover as restantes atividades que integram a minha carteira de negócios. Faz parte de uma estratégia integrada.
Qual foi o melhor e mais marcante momento da primeira temporada do programa?
R: Para começar e para quem não viu o programa, é importante explicar que o “Tu Consegues!” é um “Talent Show”, que pretende encontrar a próxima estrela da moda portuguesa. Posto isto e respondendo à sua pergunta, é muito difícil isolar um momento como sendo o mais marcante, porque toda a produção da primeira temporada foi muito especial. A minha primeira entrada no plateau, a primeira vez que encarei os rostos cheios de esperança dos candidatos, o momento da consagração do vencedor, enfim, é mesmo difícil escolher.
No entanto, aquilo que guardo até hoje e confesso que penso muito nisso, é a sensação de missão cumprida. É a sensação de que eu e a minha equipa conseguimos dar uma pequena ajuda para lançar alguns talentos no mundo da moda. Conseguimos contribuir para a concretização de alguns sonhos. Eu não me esqueço de que quando comecei também houve gente que me deu a mão, sem me pedir o que quer que fosse em troca. Por isso, sempre achei que tinha a obrigação de também fazer isso por alguém. Agora sinto que o fiz. E sinto-me bem.
O que haverá de diferente na próxima temporada?
R: O segredo é a alma do negócio… mas confirmo que temos novidades, ao nível da dinâmica do programa, ao nível do cenário, dos jurados… e sobretudo porque vamos mudar completamente a vida de alguém que não é candidato a ser a próxima estrela da moda portuguesa, mas cujo destino se cruzou comigo, com a minha equipa e com os próprios concorrentes. Mais, não posso dizer.
Você é uma pessoa envolvida com o mundo da moda?
R: Eu tive a minha carreira na moda, sim. Contra todas as probabilidades. Na adolescência, chamavam-me Robocop, por causa da forma desengonçada como eu andava e por ser Maria-rapaz. Como é que uma mulher pouco feminina e que caminha como um homem, termina a desfilar numa passarela? Ainda hoje, há quem ache que foi milagre…
O que é certo é que participei em desfiles de alta-costura, fiz sessões fotográficas, ensaios de moda, enfim, consegui realizar tudo aquilo a que me propus enquanto manequim.
Hoje, como empresária estou a lançar a minha marca de Fitwear, que tem o meu nome. E posso dizer que este projeto é apenas o começo de um longo caminho. Outras linhas de roupa e acessórios virão no futuro breve.
Você tem milhões de seguidores no Instagram. Em seus posts aparece sempre linda. Já recebeu alguma cantada dos seguidores?
R: Já recebi elogios, que eu agradeço do fundo do coração, já recebi mensagens mais indiscretas, mas de uma maneira geral as pessoas tratam-me com carinho, tratam-me com respeito e gostam de partilhar comigo coisas que talvez tenhamos em comum. É muito gratificante saber que podemos fazer a diferença na vida de alguém e que tocamos no íntimo das pessoas. Isso é que é importante para mim. As mensagens que não me interessam, trato-as como tudo aquilo que não me interessa na vida, ou seja, não perco tempo com elas.
Como você trata os haters?
R: Não perco tempo com essa gente. Não perco tempo com pessoas que amam odiar e que apenas se sentem felizes quando podem maldizer todos os seres vivos que se cruzam no seu caminho.
Conte como esta sendo para você este período de isolamento?
R: O isolamento começou por ser um compromisso, um dever moral e um dever cívico. Todos tínhamos de fazer a nossa parte para combater a pandemia. Como gosto de transformar problemas em oportunidades, enquanto estive em casa dediquei-me a pensar na vida, a traçar novos objetivos e dediquei-me, sobretudo, a estar com os meus e a dar-lhes mais atenção do que nunca.
Neste momento já estou a trabalhar. E estou muito comprometida com a tarefa de recuperar o tempo perdido. É preciso pôr mãos-à-obra. É preciso não deixar a economia afundar. Cabe-nos a nós tentar salvar tantos e tantos postos de trabalho que ficaram ameaçados com esta crise.
Acredito que esta vá ser a fase mais difícil do combate que travamos contra o inimigo invisível. O mundo não pode parar e nós não podemos parar. Isto não significa ignorar o perigo da Covid-19, nem significa fingir que se trata apenas de uma gripezinha inofensiva. Significa antes que é indispensável cumprir regras de higiene, distanciamento social e uso de máscaras. Mas, demos as voltas que dermos, vamos ter de sair de casa para que o mundo não venha abaixo.
E qual a experiência que você gostaria que o publico tivesse ao assistir as suas Lives com
seus convidados ?
R: Quero que o público se entretenha, que o público passe bons momentos sem ter de pensar nas dificuldades que a vida nos coloca todos os dias. Quero que me conheçam como eu sou. E quero que tenham também a oportunidade de conhecer pessoas que admiro e que tenho o privilégio de entrevistar. Pelo meio, tento sempre passar informações úteis que possam fazer a diferença na vida das pessoas, ou que possam ajudá-las a ser melhores e a estar bem com elas próprias.
Você pretende trazer o formato descontraído das Lives para a TV ou para um programa na internet?
R: Quero continuar com as minhas rubricas digitais, disso não tenho qualquer dúvida. Mas uma delas, o “Fake or Fact”, creio que tem todo o potencial para se tornar num programa de televisão. É um formato pertinente, mas ao mesmo tempo divertido. É sobre o universo feminino, mas tem tudo para atrair os homens. E, por fim, conjuga de forma perfeita o espírito descontraído das conversas de café, com a seriedade de uma pesquisa jornalística acerca de questões existenciais das nossas vidas. Acho que, um dia, o “Fake or Fact” estará na caixinha mágica, sim.
Agora deixe uma mensagem para o publico que te acompanha.
R: Não percam tempo com o que não vos faz sorrir. Não percam tempo a odiar e a irritar-se com coisas pequenas. Só vivemos uma vez e o tempo passa num instante. Por isso, aproveitem para tentar realizar todo o vosso potencial, seja no amor, no trabalho, nas amizades, ou na família. Corram atrás dos vossos sonhos. Sejam felizes! Façam esse favor a vocês mesmos e a todos os que estão à vossa volta.