“Acho que todas as modelos já passaram por uma situação parecida”

A modelo também opina sobre como sua profissão é retratada na série “Verdades Secretas”

Modelo internacional, Cristina Mendonça teve que lidar, infelizmente, a episódios de assédio sexual. E, segundo ela, no mundo da moda, toda profissional fica vulnerável a sofrer com esta situação. 

“Já fui assediada várias vezes. Acho que todas as modelos já passaram por uma situação parecida . Nos  dias de hoje, isso é bem “normal”. Todo mundo sofre assédio , mas aceitar o assédio é totalmente diferente. Tem que saber se impor e contornar a situação ao nosso favor sempre , e jamais abaixar a cabeça ou aceitar algo que você não está disposta a fazer”, afirma. 

Cristina acredita que muitas pessoas ainda tem preconceito com a carreira de modelo. 

“A gente ainda sofre muito preconceito no ramo. Ainda tem muita gente ignorante nesse mundo que não sabe distinguir a nossa profissão e acabam confundindo muito , por isso sofremos muito assédio”, comenta. 

A morena também falou sobre como sua profissão é retratada em “Verdades Secretas”. Na série de Walcyr Carrasco, que está sendo reprisada, a protagonista, vivida por Camila Queiroz, é uma adolescente de 16 anos que sonha com todo glamour da carreira de modelo. Ela entra para Fanny Models e descobre uma realidade bem diferente do que ela imaginava, já que a dona desta agência alicia as meninas para programas. 

“Verdades secretas na minha opinião mostra claramente o que se passa de verdade por trás do mundo da moda. A vida de modelo não é um conto de fadas , principalmente, aqui fora pra uma modelo internacional como eu. A gente sofre pra caramba , é  assédio atrás de assédio , é a pouca remuneração , as taxas de agência , a saudade da família que tá em outro país , as propostas mega ultra indecentes que a gente recebe todo dia e isso tudo é real , acontece de verdade só que nem todo mundo mostra. A novela mostra essa realidade nua e crua que, pra mim, não choca tanto porque eu vivo nesse mundo há mais de 6 anos. Já vi e já engoli muita coisa , mas quem sou eu pra julgar. A gente tem o livre arbítrio e a liberdade de expressão faz quem quer e aceita quem quer. Ninguém te amarra e te obriga a fazer nada, se você não quiser”, conta.