Pesquisador incansável de novos tratamentos para acabar com a tontura do mundo, o neurologista Saulo Nader ressalta que está otimista com nova técnica de estimulação magnética transcraniana (EMT).
Segundo o especialista, trata-se de um aparelho que, acoplado na cabeça, emite ondas eletromagnéticas, com seções rápidas de 05 a 40 minutos, dependendo do protocolo necessário. A EMT já vem há muito tempo sendo utilizada para depressão, além de outros quadros como dores crônicas e alucinação auditiva, por exemplo. Recentemente, diversos estudos vêm mostrando a EMT como possibilidade terapêutica para diversas doenças que geram tontura.
“Apelidada erroneamente de labirintite, por trás de uma tontura podem estar escondidas mais de 40 doenças. Esse procedimento é indicado para paciente com alguns diagnósticos com quadros refratários ou para pessoas que não se dão bem com remédio e que passam mal”, explica Nader – conhecido em suas redes sociais como @doutortontura.
•Quais são os efeitos do tratamento? Dr. Saulo Nader: Normalmente não tem efeito colateral, é indolor e funciona com uma neuromodulação, ou seja, consegue alterar positivamente o cérebro – assim é usado como potencializador do tratamento medicamentoso ou, a depender do caso, como monoterapia. Mas lembre-se: é indicado para doenças específicas – vale consultar seu médico.
•Qual é a eficácia da técnica? Dr. Saulo Nader: É uma inovação, que ainda precisa de mais estudos, claro. Até o momento, os resultados são muito positivos para pessoas com cinetose (tontura no carro, avião), sequelas labirínticas, pessoas com tontura pós trauma na cabeça, Mal do desembarque, tontura crônica, entre outros exemplos.
É indicado para os casos mais difíceis como um potencializador do tratamento ou para aquelas pessoas que não podem (ou não querem de jeito algum) usar medicamentos. “Na prática, eu tenho visto resultados surpreendentes – muitos casos que não se chegavam ao resultado desejado com medicamentos e reabilitação vestibular, obtendo melhora com a EMT. Acredito que temos que usar o melhor que a ciência nos proporciona – se é seguro e tem estudos, a EMT deve ser considerada como uma opção terapêutica em alguns casos de tontura”, finaliza o neurologista.
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