Até o dia 3 de março, quem passar pela Avenida Ottokar Doerffel, em Joinville (SC), terá uma surpresa.

Dez artistas da Fábrica de Graffiti vão pintar o muro de 736 m², levando mais cor, arte e alegria à cidade. Antes da transformação em obra de arte, o muro passou por uma completa restauração para reforço de segurança.

O projeto, que tem o patrocínio da Tigre, por meio do Instituto CRH, fica nas instalações do Grupo CRH, na entrada principal de Joinville, um presente à cidade.

“O projeto de grafite nas fábricas da Tigre teve uma primeira etapa em Rio Claro, com total aprovação da comunidade. Aqui em Joinville, o Grupo CRH aderiu a proposta, que partiu do nosso braço social, o Instituto CRH, já que, além de conscientizar para o tema da água, o projeto leva capacitação da arte e do ofício do grafite para nossos estudantes”, comenta Julio Franco, executivo do Instituto CRH .

A escola Nelson Miranda Coutinho será parte do projeto com um Curso de Graffiti para 100 alunos. Os artistas selecionados para esta edição da Fábrica de Graffiti são os locais: Wagner Wagz (@wagnerwagz), Paulo Agostini (@pauloagostini), Igor Gôri (@i.gor.i), Fox Malinoski (@foxmalinoski), Zafa (@thaizzafalon), Cris Domingos (@cricadomingos) e Andressa Ganzenmuller (@sereia.flora). E o Ricardo Herok (@ricardoherok), de Criciúma e Julia Rodrigues (@juliarodriguesr), de Florianópolis.

A democratização do acesso à arte é o propósito que move a Fábrica de Graffiti, tanto na apreciação quanto na criação. Por isso, os jovens que participarão da formação do projeto vão aprender e aplicar as principais técnicas de graffiti nos muros da própria escola.

Além disso, o projeto atende a uma série de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU), contribuindo para a Agenda 2030 por meio de igualdade de gênero, práticas ambientais sustentáveis, promoção de educação de qualidade e geração de renda para artistas locais.

A cada edição, a Fábrica de Graffiti expande suas fronteiras, tendo passado por 6 estados e 13 cidades – Contagem (MG), Feira de Santana (BA), Barra Mansa (RJ), João Monlevade (MG), Sabará (MG), Rio Claro (SP), Tramandaí (RS), Bela Vista (MG), Vespasiano (MG), Juiz de Fora (MG), Ermelino Matarazzo (SP), Diadema (SP) e Joinville (SC) -, incluindo a produção dos maiores murais de graffiti de Minas Gerais e Bahia e do maior da América Latina, no Rio de Janeiro.

“É muito especial estar na histórica Joinville e deixar um pouco da nossa arte, da arte urbana, gravada aqui. O graffiti é uma arte para todos”, comenta Paula Mesquita Lage, produtora executiva da Fábrica de Graffiti.

Confira os módulos do Curso de Graffiti:

Introdução ao Graffiti: aborda a etimologia de “graffiti”, as tipologias das inscrições parietais na Antiguidade, os movimentos culturais ligados ao surgimento do graffiti contemporâneo e suas principais vertentes no Brasil.

Desenho para Graffiti – Letras: apresentação das técnicas e materiais utilizados no processo de criação e passo a passo de construção de letras.

Desenho para Graffiti – Cenário: composição de cenários com perspectiva por meio de linha do horizonte, determinação do ponto de fuga e linhas de conversão. Serão abordadas as composições hierárquicas (central) e dinâmicas (diagonal).

Desenho para Graffiti – Personagens: oficina para construção de personagem com elaboração de identidade e ensino de técnicas de desenho de anatomia e proporções.

Graffiti em grandes escalas: ensino de técnicas de grid para mapear as proporções na produção artística de laterais de prédios e grandes espaços.

Pintura artística de tela: introdução à pintura em tela, com composição de cores, letras, cenários e personagens.

Produção de mural: desenvolvimento de painéis de graffiti na escola com orientação e acompanhamento dos arte educadores.

Oficina de Hip Hop: apresentação da história e desenvolvimento do breakdance, introduzindo as principais músicas e estilos de cada época, e como a dança se tornou um esporte.