A segurança nas ruas infelizmente, como a saúde e a educação no Brasil, ainda é um dilema que com a sua falta causa bastante incerteza à população. Apenas em alguns exemplos de situações que foram reportadas pela mídia no mês de agosto, já é possível medir o nível de risco em que os cidadãos se encontram ao saírem de casa.

Seguindo o rastro dos acontecimentos que marcaram ultimamente, como o sequestro do ônibus da Galo Branco na Ponte Rio-Niterói no dia 20, a perseguição pela Avenida Roberto Silveira no dia 22 e um tiroteio dentro do Itaboraí Plaza Shopping no dia 26, reportado pelo site “Plantão Enfoco”, não deixam a população em dúvidas: os crimes e violência ocorrem com uma frequência impressionante. Os hábitos tentados pelas pessoas são vários para se sentirem um pouco mais seguros,  assim como o jornalista Felipe Fernandes, de 27 anos, que tem o costume de carregar sua mochila na frente do corpo observando ao seu redor, coincidindo com o estudante Hugo Diniz Brandão, que com 18 anos já tem uma regra fixa ao sair de casa: “manter os meus pertences em mãos e os mais importantes perto de um local difícil de serem pegos”.

Para os que já dirigem, o medo dentro dos carros e no trânsito continuam os mesmos, com os motoristas prevendo sempre pela proteção, como faz a arquiteta Daniela Formentini, de 45 anos, que afirma que anda sempre com os vidros fechados durante todo o trajeto, e olhando para os lados por causa da insegurança.

As histórias de “pesadelos” vividos que circulam entre as pessoas também acabam amedrontando, o que na opinião da estudante Karen Schramm, de 31 anos, são o que não faltam em seus círculos de amizade: “Felizmente até hoje, não aconteceu nada comigo! Mas se fosse compartilhar todas as histórias de amigos e parentes aqui, passaria dias contando”.

Ainda de acordo com Karen, o melhor hábito que podemos adotar é o de evitar levar objetos para a rua: “Não usar celular na rua, não usar coisas caras tipo joias, evitar certos lugares onde sabe-se que a criminalidade é maior, evitar ficar na rua até tarde, não andar sozinha e de preferência evitar ônibus”.

Pesquisa:

Em uma pesquisa feita pelo jornalista Luca Moreira com dezenove entrevistados, verificamos que a preocupação com a violência atinge 94,7% pessoas.

A respeito da colaboração dos agentes de segurança, houve uma divisão entre os entrevistados, enquanto 50% pessoas falam quem as forças públicas auxiliam em alguns casos, outras 33,3% disseram que sim, os agentes auxiliam na segurança e 16,7% falaram que não, como é o caso de Hugo, que diz que isso  causa medo: “O despreparo da polícia em muitos momentos de tensão e um índice de bandidos na região altíssimo.”

A falta de policiamento nas ruas é um caso que ainda assola o cotidiano de algumas pessoas, como o estudante Lucas Renato, de 21 anos: “Já fui assaltado 4 vezes, sendo duas delas muito próximo de casa. Falta policiamento em bairros que não ficam próximo do centro, na rua do lado da minha casa sempre tem assalto, câmeras flagram sempre e faz anos que não vejo um carro de polícia passando por ela”.

O que mais preocupam os entrevistados são os assaltos. Os objetos tecnológicos têm sido um dos grandes alvos dos assaltantes, conforme uma matéria publicada em junho desse ano pelo G1 de Ribeirão Preto, que revelou ser os celulares os objetos mais roubados atualmente, como aconteceu com uma das entrevistadas que decidiu não se identificar: “Fui assaltada após 14 dias de comprar um celular de 4 mil reais. Não compro mais celular caro”, ou seja, as pessoas não estão podendo mais ter os seus desejos, sentindo-se seguras.

 

Sobre Luca Moreira:

 

Luca Rocha Moreira nasceu em Niterói – RJ, no dia 14 de maio de 1998. Descendente de família mineira por parte de mãe, é filho da funcionária pública Lucia Maria Rocha da Silva e do designer gráfico Luiz Carlos Falcão Moreira. Estudou a infância toda em rede particular de ensino e durante o ensino médio, cursou integração com técnico em engenharia naval pela Escola Técnica Estadual Henrique Lage, unidade componente da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro, onde participou de diversos protestos relacionados ao grêmio estudantil.

Enquanto estava cursando a escola, iniciou um curso de interpretação teatral na Oficina Social de Teatro, onde teve seu primeiro contato com as artes cênicas, onde recebeu aulas do ator e professor Alécio Abdon, porém se retirou do curso por motivos de dificuldade em interpretar seus personagens. Ainda no segundo grau, montou uma página no Facebook, onde começou a falar de múltiplos assuntos, entre eles esportes, nutrição e cultura. Em março de 2016 foi descoberto pela produtora teatral Grazi Luz, dona da Fazart Produções Artísticas, quando recebeu seu primeiro convite para ser aprendiz de comunicação da companhia, ainda que com 17 anos.

Seu interesse pelo jornalismo teve início alguns meses após sair da produtora, quando começou a publicar artigos no “Almanaque Mídia” na época comandado por Esdras Ribeiro. Algumas semanas depois do fechamento do portal, foi abordado pelo jornalista brasiliano Daniel Neblina, que o convocou para integrar o time de colunistas do “RegistroPop”, onde despontou como entrevistador-chefe do veículo, foi aí que iniciou sua carreira como jornalista. Fundado em dezembro de 2017 e lançado em janeiro de 2018, após o ano novo, o site Luca Moreira, estilizado apenas como “LM”, foi o ponto alto onde tudo passou a se desenrolar e o primeiro projeto original e criado por conta própria. No início, ele foi pensado apenas para ser um formato de sites de entrevistas somente, seguindo o conceito do blog CJ Martim em São Paulo, mais para manter o público crescendo, o projeto teve de se expandir e buscar parcerias. Hoje em dia, o site também tem função pessoal em poder aplicar as técnicas que fui desenvolvendo na faculdade.

Em março de 2018, ingressou na Universidade Estácio de Sá no curso de publicidade e propaganda, trocando posteriormente por jornalismo, onde passou a redigir para o Núcleo de Comunicação da unidade, integrando uma equipe de 9 estudantes na redação da versão impressa do jornal “Estaciente”, sendo orientado pelos mestres Gutenberg Barbosa, Aline Novaes e Marco Aurélio Reis.

Foto: Pixabay