GIL TELES

Ator e comediante

Nascido em Minas Gerais e vindo de uma família de artistas, seu pai era músico e sua mãe se encantava com arte em modo geral, o amor aos palcos parece fazer parte do DNA de Gil Teles.  Talentoso e perseverante, era menino quando juntou os amigos do bairro e montou seu primeiro grupo de teatro. Na época, eles se apresentavam nas escolas da região e pode-se dizer que foi assim que ele começou sua carreira de ator. 

Hoje, além de atuar no teatro e na televisão – ele é o Falcão em “As Aventuras de Poliana”- Gil também se destaca como comediante e músico. Multifacetado como poucos, também é produtor e empresário. Diante de tantas frentes e conquistando seu espaço em cada uma delas, conhecê-lo melhor, vale sua leitura.

Você começou muito jovem, como seus pais lidaram com isso? 

Gil – Sem dúvida, meus pais foram  meus maiores incentivadores. Mas, pelo fato da minha mãe ter desejar ter um filho artista, ela amava estar ao meu lado, sempre, tantos nos bons quanto nos maus momentos para me apoiar e dar força.

Aos 33 anos e com boa parte deles dedicados a sua carreira, que conselho você daria para aqueles que desejam o mesmo ou que estão iniciando? 

Gil – Estude teatro. Estude intensamente e ame a arte. Pois a fama, dinheiro e sucesso será consequência do seu talento, esforço e empenho. Se prepare bem, pois o caminho é longo e a luta maior ainda.

Como você avalia sua trajetória e onde se vê no futuro? 

Gil – A persistência, força de vontade e muito estudo é o que tem me impulsionado. Junto ao talento e as oportunidades, foi meu esforço e dedicação que me trouxeram até aqui. Busco, dia a dia, referências e material para poder aprender mais e, assim, seguir evoluindo e expressando meu amor à arte como nunca.  Quanto ao futuro, ainda não cheguei onde pretendo e sigo construindo meu caminho.

Que trabalho te deu maior emoção e reconhecimento até aqui?

Gil – Cresci vendo minha mãe assistindo e consumindo os programas do SBT o dia todo. Ela sempre foi fã do SBT e do Silvio Santos, então, imagina a alegria dela ao ver o filho, em rede nacional, quando fiz minha estreia em “As Aventuras de Poliana”?! Sem dúvida, participar das Aventuras de Poliana e ver a felicidade dela em saber que eu estava lá foi muito marcante e emocionante. Algo inesquecível.

Quais são as maiores dificuldades na vida de um ator, aquelas que tornam sua luta ainda maior?

Gil – A maior dificuldade é ter pessoas tentando o tempo todo puxar o seu tapete. Pois no ambiente artístico, ao mesmo tempo que tem a glória do sucesso alcançado tem também o lado obscuro dos bastidores, que é muito triste e complicado de viver. Aprendi a dividir as coisas, separar as ideias e focar naqueles que realmente torcem por mim. Outro fato que destaco neste ramo é a ansiedade. Estamos o tempo todo fazendo testes, esperando resultados e respostas que muitas vezes não vem. É preciso saber equilibrar as expectativas.

E como você lida com as decepções? 

Gil – Nós artistas estamos diariamente lidando com decepções.  Decepções com pessoas seus posicionamentos e pedidos confusos, alguns até sem noção. Escolho lidar com isso de forma tranquila, na certeza que a própria vida acaba tirando essas pessoas do nosso caminho.

Que projetos dos quais você já participou que considera mais importantes e interessantes ? 

Gil – Participar de novelas e filmes que já estão até em streaming como: Partiu Fama, Natureza Morta, Stand Up’s e sem dúvida, tenho que citar novamente As Aventuras de Poliana.

E o maior sonho? Qual é?

Gil – Meu sonho é realizar grandes projetos, onde eu possa me tornar referência como profissional, ajudar pessoas e estabelecer meu lugar dentro desse universo tão amplo que é a arte.

Alguma vez você pensou em desistir?  Se sim, como liderou com isso?

Gil – Várias vezes pensei em desistir. Mas, com a mãe maravilhosa que tenho, que sempre foi meu grande apoio, com sua sabedoria e fé ela consegui me levantar em todas as situações que me machucaram ou me fizeram pensar em desistir. Eu sempre recorri a ela, e ela me fez ver meu valor e como validá-lo diante dos nãos e dos momentos difíceis.

E se a vida lhe desse uma rasteira e só lhe oferecesse mais 45 dias? Diante de tantos sonhos e expectativas, o que você faria?

Gil – Eu tentaria amar mais, perdoar e estar ao lado de pessoas importantes para mim, para que também pudesse motivá-las e ajudá-las como fosse possível.  Penso que assim, meu amor poderia permancer na memória dessas pessoas que estão ao meu redor.